2015-08-10
Texto: Carlos A Henriques
Com o objectivo de facilitar a vida aos seus telespectadores Televisão Pública Britânica, a BBC (British Broadcasting Corporation), desenvolveu, em parceria com a empresa “This Place”, um comando remoto cuja principal característica é a de recorrer, unicamente, às ondas cerebrais do utilizador, que o mesmo é dizer, o comando apresenta-se sem teclado, o qual foi desenvolvido, para já na fase de testes, para a sua plataforma de vídeo on demand iPlayer.
As Ondas Cerebrais
A comunidade científica mundial já produziu documentação suficiente sobre o tema da existência de ondas cerebrais nos seres pensantes, as quais apresentam, tal como as ondas electromagnéticas, a capacidade de se propagarem, tal como demonstrou, para as segundas Maxwell em 1863 com as suas célebres equações (4), as quais viram em Hertz o seu primeiro utilizador com emissões de Rádio a partir de 1888.
O problema da transmissão à distância das ondas cerebrais reside no facto de estas apresentarem um potência muito pequena, o que torna impossível a sua propagação a longas distâncias à grande maioria dos seres humanos, havendo algumas exceções de indivíduos que o conseguem fazer, dando-se, então, aquilo a que o povo denomina por “transmissão do pensamento”.
As Várias Aplicações
Tomando como válidos os pressupostos anteriores, várias têm sido as tentativas de disponibilização desta capacidade humana para a pôr ao serviço dessa mesma comunidade, havendo entre elas duas técnicas completamente diferentes, que o mesmo é dizer, através de um implante colocado diretamente no cérebro, ou, em alternativa, recorrendo-se a um dispositivo tipo capacete.
Nos dias que correm vários são os exemplos da aplicação de dispositivos que fazem atuar máquinas a partir das ondas cerebrais dos utilizadores como é o caso do físico britânico Stephen Hawking o qual recorre a um dispositivo, o iBrain, para comunicar com o mundo exterior através da escrita executada no seu computador, tal como o projeto português de comando de drones (Takever), assim como a aplicação alemã, desenvolvida na Universidade Técnica de Munique, a partir da qual é possível o comando total de uma cabina de pilotagem de um avião comercial.
A Brainet
Entrando, agora eu, num campo de mera especulação, imagine que se desenvolve um sistema wireless entre cérebros humanos.
O que poderá daqui resultar?
Tal como aconteceu na ligação entre vários computadores espalhados pelo mundo, dando origem a várias redes (nets), entre as quais a famosa Internet, não está muito longe o dia em que tal vai ser possível entre máquinas processadoras humanas (cérebros) constituindo-se, então, aquilo que podemos desde já apelidar de “Brainet”.
Aguardemos!