2019-05-02
A Nova Dimensão da Imagem Digital
Texto: Carlos A Henriques
Notas Prévias
No tempo da Televisão a preto-e-branco, assim como na fase que se seguiu com o aparecimento da cor, houve necessidade de atribuir aos equipamentos de visionamento, tanto monitores de vídeo como televisores, uma determinada classificação a qual iria não só facilitar a conversa entre técnicos assim como colocar no seu devido lugar o nível de qualidade a que cada um conseguia responder.
Por tal razão, nasceu uma escala de 1 a 5, correspondendo o Grau 1 ao nível de qualidade mais elevado, o ideal para equipar a área de controlo de imagem (CCU), assim como o monitor final da régie de produção. Quando se fazia referência ao Grau 5 estava-se, definitivamente, a falar do televisor doméstico de qualidade, mesmo assim, elevada.
Com a implementação da Televisão Digital e mais recentemente com as novas resoluções como a Alta Definição (HDTV), a Ultra Alta Definição-1 (UHD-1) e a Ultra Alta Definição-2 (UHD-2), assim como os conceitos a elas associados, com destaque para o HFR (High Frame Rate), WCG (Wide Colour Gamut) e HDR (High Dynamic Rage), todo o panorama anterior se alterou havendo, por tal razão, necessidade da aprovação pela comunidade audiovisual de uma nova escala, dado que agora a distinção entre áreas de atuação é cada vez mais ténue face à exigência que cada uma quer chamar a si.
SDR vs HDR (Cortesia: Ikegami)
HDR Para Quê?
Face à dinâmica anteriormente citada, com o consequente abandono da SDR (Standard Dynamic Range), as grandes marcas de monitores e televisores apressaram-se a desenvolver equipamentos que pudessem responder aos novos requisitos, em especial ao HDR dado que a sua aplicação a qualquer tipo de imagem, dinâmica ou estática, confere à mesma aquele toque que só os grandes Coloristas conseguem alcançar com recurso a sofisticados equipamentos a partir de imagens soberbas captadas para tal fim.
O olho humano dispõe da característica HDR, ou seja, na zona dos baixos níveis (pretos) consegue fazer a distinção dos vários elementos em presença, assim como na dos altos níveis (brancos), incluindo o que em gíria se apelida de imagens estoiradas, pelo que se impunha um salto tecnológico no mesmo sentido.
A marca japonesa Ikegamiciente desta necessidade disponibilizou na última edição da NAB (abril 2019) a série de monitores dentro da família HD, apelidada de HLM-60, mas agora com HDR, compreendendo este acréscimo ao lote anteriormente lançado o HLM-2460W, HLM-1760WR e o HLM-960WR, incluindo, todos, tabelas EOTF (Electronic/Optics Transfer Function) para HLG (Hybrid Log-Gamma) e S-Log 3, ao gamma convencional.
HLM-2460W
É um monitor com painel LCD, Full-HD de 24 polegadas(60,96cm) com uma resolução de 1.920x1.200=2.304.000 píxeise um bit depth de 10 bits. O seu brilho ronda os 400 lux por metro quadrado (nits) com entradas multi-formato SDI,3G-SDI, HDMI, Ethernet e VBS.
HLM-1760WR
Versão com dimensões mais reduzidas relativamente ao HLM-2460W, de apenas 17 polegadas (43,18cm), mas com prestações idênticas ao mesmo.
HLM-960WR
Monitor concebido para trabalhos onde a mobilidade é importante, razão pela qual apresenta reduzidas dimensões relativamente aos seus parceiros, ecrã de 9 polegadas (22,86cm), alimentação AC/DC, baixo consumo, sendo as suas prestações próximas dos restantes monitores da série como, por exemplo, um bit depth de apenas 8 bits.
Monitor HLM-960WR (Imagem: Carlos Plácido)
No painel frontal dispõe de uma entrada/saída USB o que permite o armazenamento de ficheiros para setup, assim como o menu de controlo de navegação.
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