2017-09-16
Texto: Carlos A Henriques
O actual estágio tecnológico está a conduzir-nos, cada vez mais, para a automação de sistemas, solução encontrada para se fazer face à multiplicidade de opções que os broadcasters têm que responder. Tal está a ser levado ao extremo de algumas dessas opções físicas passarem a ser conduzidas por robots, os quais estão cada vez mais a serem concebidos à imagem humana, havendo uma previsão para 2025 em que algumas funções operacionais serão desempenhadas por máquinas a actuar de acordo com ordens verbais da parte de quem realiza os programas.
Para dar sustentabilidade ao que acabámos de afirmar, participamos numa Conferência onde o Dr. David Hanson, um dos maiores especialistas em “humanoides”, o qual apresentou as suas duas últimas “obras primas” nesta matéria, concretamente o Professor Einstein e a sua companheira de desenvolvimento Sophia.
O Prof. Einstein é um robot concebido para crianças o qual entra nos jogos e brincadeiras, mantendo diálogo com eles como se fosse de facto um ser humano só que mais velho. Para ser mais facilmente tomado como brinquedo, as suas dimensões são reduzidas de acordo com o tamanho dos seus utilizadores.
Quanto à Sophia, as expressões faciais, o olhar e as respostas a perguntas formuladas pela audiência, representa algo que para os dias que correm é difícil aceitar, mas com a entrada no mercado destes robots, a carecerem, ainda, de alguns ligeiros aperfeiçoamentos como, por exemplo, o tempo de processamento consumido no entendimento da pergunta e formulação da resposta, contudo, as futuras/os empregados de caixa dos supermercados, os vendedores de bilhetes para o cinema e até as operações em Televisão, assim como qualquer outra função estará ao alcance destas máquinas.
A ideia, para já, é conferir-lhes inteligência artificial (AI) ao nível do ser humano comum, o que lhes permite evoluírem na linguagem e conhecimentos tal como acontece com uma criança em franco desenvolvimento, sendo o objectivo final a obtenção de super-robots com uma inteligência muito superior à humana.
Hoje foi o primeiro dia em que o Cinema teve uma especial atenção, tanto ao longo das várias Conferências sobre o tema que decorreram no Grande Auditório, como da projecção, a fechar as actividades previstas, do filme Baby Driver projectado com a qualidade Dolby Vision sendo o som com a característica Dolby Atmos.
Das Conferências sobre Cinema o destaque para “Visualising the Science of High Dynamic Range and Wide Color Gamut”, em que os louros da revolução que está a acontecer no Cinema Digital foi mesmo para o HDR, o qual se está a impor pela beleza que confere à imagem, em especial com os seus múltiplos níveis de preto, assim como a visibilidade de imagem mesmo nas chamadas zonas queimadas, contudo, o WCG foi muito apreciado pela quantidade de novas cores trazidas ao ecrã, algo a que ainda não estamos habituados, dai a sua espectacularidade. O sistema Dolby Vision contempla na perfeição estas duas características fantásticas na fase de projecção.
Uma outra Conferência muito interessante no campo do Cinema apelidada de “Future Camera and Display Technologies and Applications Leading to AR/VR Immersive Media and Holography”, em especial a participação do Director of Photography (ASC) David Stump, o qual fez, via Skype, uma interessantíssima comunicação cobrindo a história das câmaras de Cinema desde o seu nascimento até à actualidade, explicando, caso-a-caso, as virtualidades e defeitos de cada uma. As câmaras digitais mais recentes tiveram um tratamento especial, tendo feito o confronto das características mais significativas das câmaras de 1ª grandeza.
Nesta Conferência participou também, mas neste caso em presença real, Jon Karafin, CEO and Founder da Light Field Lab., ex-Lytro, o qual fez uma das melhores conferências sobre o assunto, ultrapassando mesmo a sua prestação na última NAB em Abril deste ano.
A IABM (International Association for Broadcast & Media Technology Suppliers) está a promover um importante evento ao longo dos cinco dias da Exposição de equipamentos que apelidou de “IBC IP Showcase”, no qual são feitas mais de vinte comunicações, em sistema rotativo, com a duração de 20 minutos cada, dos vários aspectos que a filosofia de adopção do IP implica, sendo cada uma da responsabilidade de alguns dos mais de cinquenta membros que constituem a AIMS (Alliance for IP Media Solutions). Nas comunicações abordam-se vários aspectos, dos quais destacamos:
A ARRI comemorou este ano, no passado dia 12 de Setembro, o seu nascimento, pelo que aproveitou a IBC para dar a conhecer aos participantes deste evento como foram progredindo os equipamentos entretanto desenvolvidos graças aos seus mentores August ARnold e Bob RIchter (ARRI).
No maior ecrã da Europa e possivelmente do mundo, foi projectado o filme concebido para as comemorações ainda em curso, do qual temos um pequeno excerto.
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