2017-07-06
Texto: Carlos A Henriques
As marcas dominantes na área do Audiovisual aproveitam o período que antecede os grandes eventos mundiais sobre tecnologias profissionais para anunciarem as suas novas propostas em determinados segmentos, tal como aconteceu na última edição da Cine Gear Expo, que teve lugar no passado mês em Los Angeles, nos estúdios Paramount, com a Panasonic que revelou, finalmente, a sua “câmara mistério” da NAB 2017, a portátil EVA1.
Panasonic EVA1
A Panasonic está mesmo decidida a entrar, definitivamente, no mercado cinematográfico, aliás como o demonstrou há três anos com a Varicam 35 e o ano passado com a Varicam LT. Agora foi a vez de satisfazer as necessidades do mercado Indie e com ele marcar pontos num segmento que acaba por ser muito importante face ao crescente volume de trabalhos entretanto apresentados.
A EVA1, que será apresentada formalmente aos visitantes da IBC 2017, que irá decorrer em Amesterdão (Holanda) de 14 a 19 de Setembro, é a nova aposta da marca no segmento 4K/UHD-1 (Cinema e Televisão), recorrendo para o efeito a um sensor Super 35mm de resolução 5.7K, apresentando este a capacidade Dual Native ISO, uma técnica desenvolvida pela Panasonic que permite sacar do mesmo mais informação sem que haja degradação da imagem, ou seja, a comutação de sensibilidade normal para alta sensibilidade sem acréscimo de ruído ou outros artefactos.
Em termos de processamento da imagem há ainda a acrescentar que para além da captação 4K/UHD-1/60fps a câmara pode trabalhar a 2K com um frame rate que pode alcançar as 240ips, amostragem 4:2:2 com um bit depth de 10 bits, podendo a câmara gravar em vários formatos e taxas de compressão.
Sensor Super 35mm
O CODEC de vídeo pode alcançar um bit rate de 400Mbps, com V-log & V-gamut, apresentando a câmara quatro saídas simultâneas, respectivamente em HDMI e SDI, em UHD-1, sendo o registo feito em dois cartões SD, assim como disponibiliza uma saída RAW de 5.7K para gravadores de outras marcas.
No que respeita ao tipo de objectivas a utilizar o campo é aberto às EF mount, o que facilita a vida dos utilizadores face à disponibilidade no mercado, para além de dispor da chamada EIS (Electronic Image Stabilization) a qual permite trabalhar com a câmara ao ombro ou mesmo na mão sem que a imagem obtida sofra dos efeitos de trepidação e outros. Disponibiliza uma série de filtros ND montados num anel de fácil operação com 2, 4 e 6 fstops o que permite um controlo perfeito de exposição.
Para efeitos de registo de áudio a câmara apresenta duas entradas XLR.
Esta nova câmara da Panasonic vem ocupar um espaço entre a recente GH5 e a testada Varicam LT, com um peso, de apenas 1,2Kg, na razão directa do seu custo, o qual irá rondar os 8.000U$D (apenas o corpo), e fazer frente à C200 da Canon e à primeira geração da FS7 da Sony, estando previsto o período de entregas para o final do corrente ano.
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