Ontem, o dia arrancou com uma Conferência dedicada à televisão 3D nas várias vertentes, ou seja, com a ajuda de óculos ou sem eles, a nível de recepção, a problemática da transmissão, nomeadamente o mantimento da compatibilidade com o sistema 2D, pois perante os quatro sistemas possíveis apenas um é aplicável a televisores normais, ou seja, 2D, e simultaneamente a receptores 3D.
É óbvio que a característica 3D, no máximo do seu esplendor, só é percepcionada nos televisores com esta característica, apesar de um dos sistemas permitir ver em televisores bidimensionais as imagens estereoscópicas com recurso a óculos com filtros vermelho, num dos olhos, e ciano no outro.
Das várias exposições feitas a do ex-Director da EBU, David Wood, foi a mais espectacular, recorrendo ao seu modo peculiar de abordagem de temas que não são facilmente aceites, como está a acontecer na Europa com o 3D, tanto na televisão como no cinema, apesar dos EUA já ter entendido que este é o passo seguinte no audiovisual, e deixado para trás preconceitos que em nada ajudam ao seu desenvolvimento.
Pois de acordo com o seu modo de ver há que explicar a quem quer produzir televisão 3D, aquilo que apelidou de:
”A verdade acerca da televisão estereoscópica”
É que por mais voltas que se dê nesta fase da evolução, só com a holografia é que se irá atingir, dentro de alguns anos, o verdadeiro 3D.
Tal fica a dever-se ao facto de a luz ser uma onda electromagnética tridimensional, apresentando, por isso, três características, que são a sua amplitude, frequência e fase.
Ora, os sistemas actuais, através dos transdutores utilizados, apenas captam a amplitude da onda, ou seja, a intensidade luminosa, deixando de lado a frequência e a fase.
A JVC apresentou um monitor de vídeo 3D sem recurso a óculos, algo que nunca tinha sido visto antes no que respeita à qualidade, sendo, em princípio, este o caminho a seguir, para já.
Contudo, a JVC não abre o jogo por mais persuasivos que sejamos para saber o que está por detrás da tecnologia empregue.
No parque destinado às viaturas de grande porte, como carros de exterior e estações SNG, este ano parcialmente vazio, demos de caras com uma grua que funciona aplicada ao tejadilho de uma carrinha.
Parece ser uma solução atraente para rodagens que impliquem acompanhamento de viaturas ou perseguições.
A animação em tempo real voltou a surgir nestes eventos, tendo despertado a curiosidade dos que nunca tiveram a oportunidade de assistirem a uma demonstração desta técnica, a qual recorre a uma mini-câmara de vídeo, para acompanhar os movimentos labiais e a sensores instalados no corpo do/a manipulador/a.
Os novos monitores com uma relação de aspecto fora do comum, ou seja, ainda mais rectangulares, para aplicações “Signage”, deram nas vistas, isto para quem está interessado nesta área de negócio, cada vez mais a entrar nos nossos hábitos de consumo de publicidade interior e exterior.
Este ano a IBC criou um espaço, denominado “Production Village”, dedicado à exposição de câmaras e sistemas de pós-produção, o que torna possível a comparação “in loco” de todas as marcas de referência do mercado profissional.