A Obra Legada
2015-07-08
Texto: Carlos A Henriques
A Obra produzida por Adriano Nazareth ao longo da sua vida, tendo em conta o período temporal em que tal se verificou, continua a ser motivo de encontros, discussões e apresentação em ocasiões várias sempre que o tema é o Cinema, na vertente Documentário, ou, então, sobre Televisão, à qual dedicou a sua paixão, concretamente ao serviço da RTP.
Quando iniciou a sua actividade profissional, na década de 50 do século passado, o Cinema português, tal como agora, passava por uma das mais profundas crises a todos os níveis, sendo a nota dominante o facto de em 1955 não se ter produzido filme algum.
Daí haver quem se questionasse nos anos 60 sobre a razão pela qual Adriano Nazareth não tenha realizado qualquer filme para passar nos grandes ecrãs das salas de Cinema, tal como aconteceu, por exemplo, com a Revista Plateia, que titulou:
“Adriano Nazareth, um valor da Televisão, que merecia uma oportunidade no Cinema Profissional”
Passando, de imediato, ao desenvolvimento:
“Desde os primeiros dias de actividade da Radiotelevisão Portuguesa, que os trabalhos cinematográficos do Norte têm estado a cargo de Adriano Nazareth, um nome que foi para os espectadores (em especial para os mais interessados no sector do Cinema) uma revelação de vastas possibilidades.
Assegurando a cobertura dos acontecimentos nortenhos, com apurado sentido de Repórter, Adriano Nazareth veio a revelar-se um Realizador de curtas-metragens com invulgar classe.
A sua primeira curta-metragem - “O Barredo” - situa-se na primeira linha dos nossos pequenos filmes, e como este, outros trabalhos que Adriano Nazareth vem apresentando regularmente: “Quando os Bois Lavram o Mar”, “O Mar Também Dá Pão”, “Um Rio Foi vencido”, “Meio-Dia”, “Electricidade, Riqueza do Douro”, “Sargaceiros da Apúlia”, etc., e mais recentemente uma média-metragem - “Barqueiros do Douro” - que provocou um coro de justos elogios”.
Rematando:
“Muito nos congratularíamos com a notícia de que Adriano Nazareth iria realizar o seu primeiro filme em formato profissional e sem as limitações do pequeno “ecrã” da TV”.
Este desejo manifestado pelo Cronista da Revista Plateia, assim como do visado, nunca se chegou a concretizar.
"O Barredo"
Os Documentários
A comunicação através do Documentário foi, entre outros, o grande amor de Adriano Nazareth, tendo o mesmo escrito, a propósito de “O Barredo”:
“Das cidades, as casas e as ruas são o corpo, as gentes, o sangue que nelas circula.
Mas as cidades também têm alma, qualquer coisa de invisível que se prende às pedras da rua e às paredes das casas e monumentos. Quando as paredes se tornam velhas e as pedras da rua se gastam, sente-se mais viva essa alma.
É a alma do Porto que ides sentir, presa à parte mais velha da cidade”
Dada a importância da sua Obra a RTP transmitiu, em 1958, nove Documentários de sua autoria, nomeadamente: “O Barredo”, “Onde os Bois Lavram o Mar”, “O Rio É Testemunha”, “Moliceiros”, “O Rio Foi Vencido”, “O Mar Também Dá Pão”, “A Arte e a Moda”, “Fisionomia de Uma Cidade” e “Meio-Dia”.
Dos títulos anteriores facilmente se descobre o seu gosto pelo Documentário onde não faltavam as pessoas, os lugares, os hábitos e costumes, a música de cada região, a cultura popular e demais condimentos para revelarem ser um Homem da sua terra, mas, também, um cidadão voltado para o Mundo.
“Uma História Japonesa”
Na grande maioria dos seus Documentários Adriano Nazareth, para além da Realização, assina, também, a Fotografia assim como a Montagem dos muitos quilómetros de película de 16mm que a sua Paillard impressionou, tal como aconteceu em “Uma História Japonesa”.
Face ao elevado número de Documentários por si concebidos e realizados vamos dar destaque a apenas alguns, sem que a escolha tenha respeitado quaisquer critérios, mas apenas e só porque iam surgindo na minha imaginação “ao correr da pena”.
"O Rio foi vencido"
Um Rio Foi Vencido
A RTP produziu entre 1958 e 1963 uma série de quatro Documentários com o título genérico “O Porto Pitoresco”, cuja assinatura se fica a dever a Adriano Nazareth e à sua grande paixão pelo Porto, pois é a cidade e as suas gentes que servem de ponto de contacto entre os episódios desta série, da qual destacamos o segundo que ficou titulado como “Um Rio Foi Vencido”.
Quanto à sinopse:
Começamos por conhecer a trágica Ponte das Barcas e a Ponte Pênsil, também chamada de D. Maria II, desenhada em 1887. Daí, damos um salto até à Ponte D.Luís, desenhada por Teófilo Seyrig e inaugurada em Outubro de 1866.
Uma outra ponte, D.Maria Pia, inaugurada na presença da Família Real e benzida pelo bispo D. Américo, em 1877, tem associado a si o nome do Gustave Eiffel, das mãos do qual saiu a icónica Torre Eiffel, símbolo da capital francesa.
A quando da realização deste documentário, tinha-se dado inicio às obras de edificação do que veio a ser a Ponte da Arrábida.
Obra iniciada em 1957, tendo como período de concepção 1.000 dias. O seu vão de arco com 270m apresentava-se à data, como o maior do mundo em cimento armado, o que se mostrou um desafio para a engenharia, e que os seus 58 anos nos dizem ter sido plenamente superado.
Para além de “Um Rio Foi Vencido” (1958), fazem parte desta série “O Barredo" (1958), “Porto, Berço do Infante” (1960) e “Fisionomia de Uma Cidade” (1963).
Barcos Rabelos do Douro
Desde o aparecimento do vinho do Porto até meados do século XX o seu transporte rio abaixo, até Vila Nova de Gaia onde se procede ao seu tratamento, foi garantido por barcos tradicionais conhecidos por Rabelos.
Com a evolução natural das vias de comunicação e dos transportes terrestres este tipo de ligação entre a origem do vinho e o local onde é envelhecido, engarrafado e distribuído, passou a ser garantido por outros meios mais rápidos, fáceis e de maior capacidade.
Contudo, o registo feito em 1960, a preto-e-branco e com a duração de 33 minutos e 45 segundos, tem proporcionado às gerações vindouras a possibilidade de desfrutar da epopeia da descida do rio vivida pelas tripulações dos Rabelos de então, tendo o mesmo ficado a dever-se a Adriano Nazareth, o qual recorreu a uma equipa de luxo para a sua realização, ou seja:
O texto foi escrito pelos Jornalistas Vasco Hogan Teves e Carlos Rodrigues, a locução off do consagrado Gomes Ferreira, a câmara de captação foi operada por um lendário da RTP, o Artur Moura, a captação e registo de som por um trio de ataque único, ou seja, Jorge Teófilo, Jorge Soromenho e João Castanheira e a soberba sonorização da responsabilidade do grande Albano da Mata Diniz.
Caminhos Portugueses de Santiago
Este Documentário apresenta-nos os percursos, vivências e a fé envolvida por peregrinos portugueses que ao longo dos tempos tentam alcançar Santiago de Compostela, na Galiza, para prestarem ao Santo o seu tributo das bênçãos recebidas, como é o caso de El-Rei D. Manuel I, Rainha Santa Isabel, Rainha D. Leonor, Santo Condestável, D. Nuno Álvares Pereira, entre outros.
Por esse País fora, através de estradas romanas e caminhos desertos e ásperos, os nossos romeiros foram deixando marcos imperecíveis de fé, rumo ao túmulo do Apóstolo.
O sucesso desta Obra ficou a dever-se à excelente Realização, Fotografia e Montagem de Adriano Nazareth e à equipa por si escolhida, sendo os desenhos da responsabilidade de Eduardo Lemos e Álvaro Camiña, o texto do seu Amigo de percurso Antero Nunes, a locução de Gomes Ferreira e a sonorização, uma vez mais, da responsabilidade de Albano da Mata Diniz.
O elevado nível deste Documentário, o qual não foi totalmente do agrado do seu Realizador, levou, em 1966, a Secretaria de Estado do Turismo Espanhol a atribuir-lhe o Prémio Nacional de Turismo.
Teleteatro "O Emissário", com Alina Vaz e Manuel Cavaco
Fisionomia de Uma Cidade
A rodagem deste Documentário ficou a dever-se a um convite formulado pelo Produtor Filipe de Solmes a Adriano Nazareth no pressuposto de o mesmo ter como suporte de imagem película de 35mm, dado haver a pretensão de o Documentário passar nas salas de Cinema, procedimento muito em voga na época, no período que antecedia a projecção do filme principal, que para o caso presente seria um filme de origem portuguesa.
O projecto, tal como foi inicialmente previsto, não se veio a verificar devido a razões várias, pelo que o mesmo veio a avançar com recurso a película de 16mm, sendo, agora, o público alvo o do pequeno ecrã dos televisores, tendo sido, contudo, mantida a planificação inicialmente feita para a projecção em grande ecrã.
Escreveu, então, na Revista Rádio & Televisão, o Jornalista Antero Nunes:
“Em vez do comentário habitual, que costuma acompanhar este género de filmes, somente às imagens caberá a tarefa de o fazer, destacadas pelos ruídos ambientes, dos locais onde decorrem.
É apenas o ruído, que caracteriza a cidade neste filme de Adriano Nazareth.
Nada mais do que sons a sintetizar a visão da cidade, e, depois, as imagens, os pregões, os ruídos e o ritmo da vida passada, dirão todo o resto”.
“A Esperança e o Destino”
O Teleteatro
O teatro televisivo foi outra das grandes paixões de Adriano Nazareth, tendo realizado mais de 40 “Teleteatros”, entre os quais se destacam: “O Ausente” (Alphonse Daudet), “Os Burossáurios” (Silvano Ambrogi), “D. Xepa” (Pedro Bloch), “Os Muros de Verona” (António Cabral), “A Visita Indesejável” (Maria Amélia B.), “O Saudoso Defunto” (Stanley Houghton), “A Esperança e o Destino” (Armando Vieira Pinto), assim como teatro infantil, como, por exemplo, “A História da Gata Borralheira” (Correia Alves), “Ajudantes Invisíveis” (Antero Nunes), ”A História da Bela Adormecida”, “A Arca de Noé”, “A Galinha dos Ovos de Ouro” (Correia Alves), “Uma Prenda Para o Dia de Ano Novo”, “O Circo dos Bonecos” (Oscar Von Pfuhl), a série “Era uma Vez”, em que a sua filha Maria Lourdes Nazareth (Milú) participava como actriz.
“A História da Gata Borralheira”
Uma nota para a série infantil “Os Amigos de Gaspar”, no qual um grupo amador de teatro fazia a manipulação dos bonecos usados em cena.
O registo em fita magnética, em especial a que apresentava a largura de 2” (5,08cm), só passou a ser usado na RTP a partir de 1964, e naquela data unicamente em Lisboa, com duas máquinas da marca americana Ampex, modelo VR1000, sendo a sua entrada feita nos Estúdios do Porto da RTP muito mais tarde, o que implicava ter-se que fazer tudo em directo, e, nalguns casos, para pequenos apontamentos ou outros, com recurso ao registo feito em película de 16mm, dispondo a RTP naquelas instalações de um laboratório cinematográfico próprio, o qual dispensava o envio do material registado para o laboratório montado nas instalações do Lumiar (Lisboa), tal como acontecia no início da sua actividade.
No domínio do teleteatro há que dar um grande destaque para “As Conversas Sobre Teatro”, realizadas por Adriano Nazareth as quais contavam com a presença em estúdio, em directo, de uma figura ímpar que ainda hoje é uma grande referência para o teatro nacional, que o mesmo é dizer: “António Pedro”.
O Folclore
A ligação de Adriano Nazareth ao País onde nasceu era enorme, primeira condição para que nos registos efectuados o mesmo esteja em destaque, atribuindo às gentes, lugares, hábitos e tradições aquela disponibilidade que só se pode encontrar em alguém que ama, sem ambiguidades, aquilo que faz.
"Pedro Homem de Melo"
O Folclore foi algo que sempre tocou os seus trabalhos, pois com a ajuda daquele que foi um grande poeta, apresentador de Televisão e um excelente comunicador, ou seja, Pedro Homem de Melo, os programas deste género alcançaram o coração de todos os portugueses do Minho ao Algarve e da Madeira aos Açores, sendo os mesmos ainda hoje recordados com imensa saudade.
"Henrique Medina"
Mestre Henrique Medina
A ligação às artes da imagem conduziu Adriano Nazareth à presença de grandes figuras do meio, nomeadamente pintores, fotógrafos, escultores, ao ponto de ter aberto no Porto uma Galeria de Arte, a “Nazareth’s Galery”.
O seu Amigo Henrique Medina, Mestre na arte do retrato feito a óleo, em cujos pincéis e tela passou a sua figura, foi alvo de um documentário, “Henrique Medina-Pintor”, no qual a história desta eminente personagem da cultura nortenha foi contada de um modo que só a inteligência e saber de um Mestre da imagem seria capaz.
Para se ter uma noção mínima do empenhamento da realização seguem alguns dos nomes que constituíram a equipa:
Prof. Joaquim Veríssimo Serrão (Colaboração Especial), Sérgio Mourão (Texto), Artur Moura (Director de Fotografia), Manuel Cardoso (Montagem), Álvaro Nazareth e Jorge Peixoto (Locução), Luís Rangel, António Campeã e António Gaspar (Som), Alfredo Pimentel (Sonorização), Maria de Fátima Machado (Anotação) e Henrique Rola (Assistência à Realização).
De Lá de Fora
Sendo Adriano Nazareth um Homem virado para o Mundo, dedicou a esse Mundo algum do seu talento através de curtas-metragens como Roma, Pisa, Pompeia, Madrid e Vale dos Caídos, para além de Macau, Tailândia, Índia e Japão, assim como Angola, Guiné e Moçambique.
“Riso e Ritmo”
Outros Programas
A ida a Lisboa para a realização local de alguns programas que tiveram à data um grande sucesso foi para Adriano Nazareth uma prática corrente entre 1968 e 1975 como, por exemplo o Programa “Riso e Ritmo”, com Francisco Nicholson e Armando Cortez, gravado no Estúdio Cottinello Telmo (Tóbis), o qual vivia de sketch’s e música, tendo sido célebre o diálogo entre os protagonistas que servia como separador e que passou para a “boca do povo”:
-“Já é uma hora?”,
Perguntava Francisco Nicholson:
-“Que grande banquete!”
Respondia Armando Cortez.
Um outro Programa de grande sucesso foi “Nicolau no País das Maravilhas”, com Nicolau Breyner como entretainer, no qual Herman José obteve o seu primeiro grande sucesso com a rábula “Senhor Feliz, Senhor Contente”, em que a cantar e a brincar se fazia crítica social e política.
Adriano Nazareth, Nicolau Breyner, César de Oliveira e João Soares Louro
Serenata de Coimbra
Coimbra, a cidade doutora das margens do Mondego, oferece ao visitante uma série de contrastes, desde as amplas avenidas às estreitas vielas, dos velhos monumentos às modernas concepções arquitectónicas.
Passado e presente, velho e novo, irmanam-se, assim, a cada esquina, para manter o burgo coimbrão, a presença tradicional dum romantismo que não acaba, duma saudade que permanece.
Acrescentemos ao cenário aliciante da velha cidade, as tradicionais “Repúblicas” e, a irreverência estudantil e as famosas serenatas, e aí teremos um tema sempre novo, a tentar a pena do escritor ou do poeta.
Adriano Nazareth reuniu tudo isto num pequeno filme apresentado pela RTP a que se seguiu, em estúdio e em directo, uma reconstituição perfeita de uma “República” e uma serenata tipicamente coimbrã.
O Arranque da Cor
Em termos oficiais a Televisão a Cores arrancou em Portugal no dia 7 de Março de 1980, por ocasião do 23º aniversário da RTP, com a final do Festival RTP da Canção que se realizou no Teatro Municipal S. Luís, em Lisboa.
Todo o trabalho de preparação tanto dos Técnicos como dos Produtores, Realizadores, Jornalistas e demais envolvidos na actividade televisiva foi da responsabilidade do Centro de Formação da RTP, razão que nos levou, ao longo de quatro anos, a todos os locais onde a RTP tinha instalações, assim como a deslocação a Lisboa da grande maioria de profissionais que careciam de conhecimentos e regras para enfrentar este novo desafio.
O Centro de Produção da RTP-Porto, no Monte da Virgem, em Vila Nova de Gaia, recebeu em Maio/Junho de 1979 os seus primeiros equipamentos a cores, os mesmos que apetrechavam um carro de exteriores comprado na Alemanha, em segunda mão, e que serviu na perfeição para os Cursos de Formação ali levados a efeito.
Após conclusão do Curso procedeu-se de imediato à feitura de programas com a característica cromática, sendo o primeiro da responsabilidade de Adriano Nazareth, precisamente com o programa “O Povo e a Música”, realizado em Outubro de 1979, em Cidacos (Oliveira de Azeméis) com o Grupo Folclórico local.
A Cenografia
A realização de teatro em ambiente de estúdio televisivo é um exercício completamente diferente do verificado em palco de teatro, dado que as regras de captação, movimento de câmaras, ritmo, representação, som e luz terem que respeitar uma linguagem própria do meio utilizado.
No que diz respeito à cenografia esta realidade é substancialmente aumentada, dada a necessidade de reprodução da profundidade de cena num ecrã que apresenta, em casa do telespectador, apenas duas dimensões, a largura e altura, o que não acontece quando se trata de teatro feito para público presente em sala própria.
É neste ponto que entra em cena uma figura indispensável na concretização de qualquer projecto televisivo, mas fundamental quando se trata de teatro, ou seja, do Cenógrafo.
Planta "Roberta"
Das dezenas de peças de teatro e mais de mil directos há dois nomes que acompanham maioritariamente a Obra de Adriano Nazareth no que respeita à cenografia, ou seja, o de Albino Baganha, mais conhecido por A. Baganha e o de Eduardo Lemos, sendo o primeiro oriundo da Escola de Belas Artes do Porto e da Agência de Publicidade Belarte e o segundo um prestigiado Pintor.
Para A. Baganha o destaque nos trabalhos: “Imagens e Canções”, “O Ser Sepulto”, “Roberta”, “D. Xepa”, “Os Muros de Verona”, “Os Burosssáurios”, “A Esperança e o Destino”, “O Ausente”, sendo para Eduardo Lemos: “Caminhos Portugueses de Santiago” (desenhos), “Conímbriga”, “A História da Gata Borralheira”, “A História da Princesinha Triste”, “Uma Prenda Para o Dia de Ano Novo”, “Variedades” e muitos outros trabalhos.
Planificação "Roberta"
Há, ainda, que referir outros Cenógrafos que fazem parte da Obra de Adriano Nazareth, tal como António Casimiro (“Eu Sou Um Homem de Bem”), João Vieira (“O Urso” e “O Túnel”), Moniz Pereira (“Riso e Ritmo”), António Botelho (“Trágico à Força”, “Henrique IV” e “TV Club”) e Soares Araújo (“O Primeiro e o Último”).
Filmografia (16mm)
Porto, Cidade do Trabalho (1956)
O Barredo (1958)
Um Rio Foi Vencido (1958)
Onde os Bois Lavram o Mar (1959)
O Sargaceiro da Apúlia (1959)
Barcos Rabelos do Douro (Quatro episódios-1960)
Porto, Berço do Infante (1960)
Fisionomia de Uma Cidade (1963)
A Ver Viana (1970)
Macau 70
Muros de Verona (1977)
O Vinho do Porto (1988)
Meio Dia
O Mar Também Dá Pão
Electricidade, a Nova Riqueza do Douro
Uma História Japonesa
A Itália Pela Objectiva
A Espanha Pela Objectiva
Moliceiros
À Sombra do Claustro
Os Caminhos Portugueses de Santiago
Conímbriga
Bangkok
Manila
Henrique Medina - Pintor
João Charters de Almeida
Antologia Poética de António Nobre
A História É Feita Pelo Povo
Os Marimbeiros de Zavala (Moçambique)
Lourenço Marques
Fontes: Autobiografia “Adriano Nazareth - 30 Anos de Televisão” (Adriano Nazareth - Queiroz Neves & Ca. Lda-1988), “História da Televisão em Portugal-1955/1977” (Vasco Hogan Teves - Editorial TV-Guia - 1998), Revista Maria, Revista Plateia, Revista TV, Revista TV Guia, Revista Flama, Revista Nova Gente, Revista Rádio & Televisão, Jornal do Norte, Diário de Notícias, Jornal de Notícias, Diário de Lisboa, Diário da Manhã, Diário Popular e memória do Autor.