Mais de Meio Século a Comunicar
2015-03-18
Texto: Carlos A Henriques
Introdução
A minha vivência real com Júlio Isidro iniciou-se em finais de 1963, ano em que iniciei a minha actividade profissional na RTP, já que em termos virtuais a mesma se tinha iniciado, para mim, através do televisor, que o mesmo é dizer, graças ao visionamento de programas em que participava, nomeadamente no “Programa Infantil” e no “Programa Juvenil”, desde 1960.
Os 55 anos de actividade televisiva, radiofónica, publicitária, escrita (revistas, jornais e livros) e do espectáculo, entre outras, que agora está a comemorar, traz-nos um manancial de trabalhos desenvolvidos cuja dificuldade maior é a alusão a todos eles, dada a quantidade e ao espaço temporal compreendido, pelo que a ideia original de aqui apresentar uma biografia não vai passar de uma pura e simples nano biografia.
Júlio Isidro, a cara que várias gerações se habituaram a ver nos ecrãs dos televisores, já faz parte de um património vivo, tanto televisivo como radiofónico, apesar de não se vislumbrar a curto, médio ou longo prazo, a data do seu abandono, até porque os baús e gavetões do Tio Julião, designação que adoptou no programa da RTP “Arte & Manhas” (1977 a 1978), estão cheios de ideias novas, cuja execução implica, por tal razão, uma existência muito para além dos 100 anos de vida.
No que me diz directamente respeito, entre outros momentos ao longo dos meus 40 anos de actividade na empresa de Televisão (a RTP) que nos viu nascer, crescer e ficarmos cada vez mais uns jovens com muita experiência acumulada, o destaque vai para as entrevistas que me fez na RTP, a última por ocasião das comemorações do “Dia Mundial da Televisão” a que a RTP Memória dedicou uma emissão especial no dia 21 de Novembro de 2014.
Entrevista de Júlio Isidro a Carlos Alberto Henriques acerca da televisão em Portugal Parte 1
Júlio Isidro, a mãe, e as irmãs, Maria Eduarda Barreto e Dadão Amaral
A Família
A filha Inês no dia do seu 1º aniversário
Nascido em Lisboa, a 5 de Janeiro de 1945 (Capricórnio), recebeu o nome de registo de Júlio José de Pinho Isidro do Carmo, sendo filho de Brígida de Pinho do Carmo e José Sesinando Isidro do Carmo, tem três filhas, a Inês, fruto de um primeiro casamento, a Mariana (16 anos) e a Francisca (13 anos) do casamento com Sandra Barros (1998), e dois netos, filhos da Inês, respectivamente o Max (15 anos) e o Xavier (13 anos).
Francisca Isidro do Carmo, Mariana Isidro do Carmo e Inês do Carmo
Sobre as filhas mais novas, a Mariana e a Francisca, Júlio Isidro acha que: “Elas não são meninas do papá, eu é que sou um papá das meninas. A nossa relação de cumplicidade é tão grande que, às vezes, penso que sou o filho de três mães: da minha própria mulher e das filhas. Como sabem que o pai é mais velho, têm muito cuidado na preservação do ‘monumento‘ e tratam-me mesmo muito bem. Todos os dias querem saber se estou bem. E há uma relação mútua de aprendizagem entre nós, tem sido um rejuvenescimento total.”
Júlio Isidro, Francisca Isidro do Carmo, Mariana Isidro do Carmo e Sandra Barros
Habilitações Literárias e Profissionais
Após conclusão do Curso Geral dos Liceus inscreveu-se, como não podia deixar de ser, no Curso de Engenharia Mecânica do Instituto Superior Técnico, em Lisboa, tendo frequentado o mesmo até ao 3º ano.
A sua apetência natural pelas línguas levou-o à fala e escrita de um modo fluente de Inglês, Francês e Castelhano e a domínio do Italiano com alguma profundidade.
A busca dos conhecimentos que de facto pretendia, mesmo, para o seu futuro profissional, levou-o até aos EUA, ou seja, à Califórnia, tendo feito uma série de Cursos na UCLA (University of Califórnia Los Angeles), nomeadamente:
Assim como o Curso de Corporate Vídeo do American Film Institut.
Durante a prestação do Serviço Militar Obrigatório, no Exército, fez o Curso de Realização de Cinema, tendo também tirado na Radiodifusão Portuguesa (RDP) o Curso de Realização de Rádio, e, em Barcelona, um Curso de Publicidade.
O cartão do Pai de Júlio Isidro no dia da sua estreia na RTP
A Televisão no Início de Tudo
Desde muito novo se revelou a sua apetência para a participação e apresentação de espectáculos, sendo a sua primeira entrada na Televisão em 1957, precisamente no ano do arranque das emissões regulares da RTP nos estúdios do Lumiar, Alameda 44, na qualidade de membro do coro do Liceu Camões.
Três anos depois, ou seja, com apenas 15 anos de idade, faz o seu primeiro trabalho em Televisão como Apresentador do “Programa Juvenil”, lugar alcançado após um casting no liceu que frequentava, no qual fez parceria com Lídia Franco e João Lobos Antunes, sendo também o seu Autor. Dada a popularidade do programa, este manteve-se no “ar” até 1966.
Do mesmo modo foi Autor e Apresentador do “Programa Infantil” que durou, também, até 1966.
Apesar da sua forte ligação à RTP, por estranho que possa parecer, nunca fez parte dos seus quadros na qualidade de Colaborador efectivo, mas apenas como Prestador de serviços.
Júlio Isidro e os amigos
É com alguma ironia que afirma:
“Só não casei com a RTP porque uma das partes não quis ou nunca houve uma ocasião para que isso acontecesse. E depois porque a determinada altura da minha vida achei graça ser freelancer para toda a vida. É uma sensação estranha.”
Rematando:
“É quase inimaginável que alguém tenha feito uma vida inteira com uma Instituição, com uma Empresa, onde apenas teve recibos verdes, outras vezes amarelos e até encarnados.”
O seu gosto pelas imagens em movimento desde cedo o tocaram, razão pela qual construiu, com apenas 10 anos de idade, um projector de Cinema, tendo recorrido a umas lentes de uns velhos óculos pertencentes às suas avós, sendo o filme construído à base de desenhos por si elaborados em suporte “papel vegetal”.
Defensor acérrimo do Serviço Público de Televisão, acha que este se define com apenas duas palavras:
“A ética e a estética”.
Júlio Isidro e Mário Viegas
A Rádio
A sua efervescente actividade, gosto e prazer pelo acto da comunicação conduziu-o às ondas da Rádio em 1968, a outra grande paixão profissional, onde se manteve até ao final dos anos 80’, contabilizando mais de 35.000 horas no “ar”, precisamente na Estação por onde “militaram” muitos dos nomes sonantes de vozes de ouro como Luís Filipe Costa, Adelino Gomes e outros, sendo as suas primeiras funções a apresentação de noticiários no chamado período nocturno, tendo feito, também, reportagem e comentário em programas desportivos como, por exemplo, Grandes Prémios de Formula 1 e Ralis (Monte Carlo e de Portugal), assim como exerceu as funções de Apresentador e Realizador de vários programas.
Manteve durante um longo período um programa diário de nome “Grafonola Ideal” e ao sábado um programa em directo com a duração de três horas, o primeiro realizado no “Noite e Dia” e os restantes na sala do Cinema Nimas, em Lisboa, chamado “A Febre de Sábado de Manhã” (1981 a 1985), no qual proporcionou ao país a revelação de muitas vedetas do mundo do espectáculo.
Do Nimas saltou para outros espaços, normalmente abertos, como estádios de futebol, nas Açoteias e em Tróia, assim como para vários pavilhões.
O programa televisivo “O Passeio dos Alegres” não foi mais do que a adopção do formato radiofónico de “A Febre dos Sábados de Manhã” às características de um programa para Televisão.
Rentabilizando a experiência acumulada, assumiu a responsabilidade do lançamento da Rádio Jornal da Madeira (1989), tendo participado em vários programas da Rádio Renascença (1995 a 1997), uma crónica semanal na RDP-Antena 1 apelidada de “Reis da Rádio” (2006 a 2007) e uma crónica diária na mesma estação, o “Vinalidades” (2007 a 2008) e outra semanal, “A Ilha dos Tesouros” (2009 a 2013) com a duração de uma hora.
A Tropa
No tempo em que ainda não havia o Conservatório de Cinema (Escola Superior de Teatro e Cinema), nem o Centro de Formação da RTP, assim como Escolas na área da Televisão e Cinema, havia três hipóteses, que o mesmo é dizer, ia-se a Londres, New York, Los Angeles, ou, então, tentava-se, como aconteceu com Júlio Isidro, durante o período de cumprimento do Serviço Militar Obrigatório, a especialidade de Fotocine para poder fazer o Curso de Realização de Cinema e integrar os chamados Serviços Cartográficos do Exército, sediados em Lisboa, mais propriamente no Bairro da Graça.
Um dos chefes desses serviços foi durante muitos anos uma figura que tanto a mim como ao Júlio Isidro nos tocou de um modo muito especial, que o mesmo é dizer, o Capitão Baptista Rosa, dado os conhecimentos profundos sobre Cinema, assim como a sua ligação a figuras da 7ª Arte de então, tanto a nível nacional como internacional, poucos o igualavam.
O Capitão Baptista Rosa era também Chefe de Serviço de Programas Especiais da RTP, mantendo, nesse âmbito, programas de sua autoria e apresentação, dedicados ao Cinema e a áreas conexas, o que lhe conferia um elevado grau de “importância” para todos aqueles que queriam singrar na vida cinematográfica, televisiva, radiofónica e do espectáculo.
A primeira Escola a sério de Júlio Isidro foi precisamente o contacto real com esta figura e com os serviços que chefiava, dado que foi ali que passou grande parte do tempo em que esteve na tropa (1967 a 1971), tendo sido até instrutor de variadíssimos cursos de Fotografia e Cinema, assim como teve a sua primeira experiência na qualidade de Realizador no filme “Portugal e a Cartografia” com o qual ganhou, em 1970, o 1º Prémio do Festival do Filme Militar que se realizou em Versailles.
Júlio Isidro, Maria João Metello, Yvette Centeno e João Lobo Antunes
O Senhor Professor
A larga experiência acumulada ao longo de várias décadas não podia ficar confinada ao usufruto da mesma pelo seu mentor, razão que levou Júlio Isidro a aceitar, com enorme prazer e disponibilidade, os convites formulados, tanto pela UAL (Universidade Autónoma de Lisboa) como pela ULHT (Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias), para leccionar sobre as artes e saberes que domina, que o mesmo é dizer, apresentação de Televisão e Rádio.
O mestrado que fez nos EUA, concretamente na UCLA (University of California, Los Angeles) de Produção e Realização de Televisão, tendo obtido a nota máxima (100%), foi um grande auxiliar no momento em que tinha que se dedicar à preparação das aulas, pois estas exigem uma metodologia e desenvolvimento que só o ensino superior conduz a uma boa prática.
O Aeromodelismo
A par da sua vida nas ondas hertzianas e da apresentação de espectáculos, tem um hobby que o acompanha desde que se conhece, ou seja, o aeromodelismo, tendo uma colecção privada de modelos de aviões montados, na sua grande maioria, por si nas poucas horas de ócio que dedica à sua existência.
“É uma fuga em relação a tudo. E é a prova provada de que as mãos não servem só para usar as cabeças dos dedos. E o aeromodelismo dá-me um exemplo: ponho um avião no ar e, se tiver sido mal preparado em terra... cai. O meu lema é: preparar-me muito bem em terra para os voos que vou fazendo. E já reconstruí, tal como os aviões, inúmeras vezes a minha vida.
Como nota do seu envolvimento “prematuro” nestas andanças há o registo da primeira taça ter sido ganha com apenas treze anos de idade.
Eu Tenho Dois Amores
Em 1969 deu uma entrevista na qual revela a sua singularidade e o modo como já, então, era motivo de admiração de quem o abordava.
A entrevista:
“ Vinte e seis anos. Alto, magro, excessivamente magro, habitualmente bem disposto, muito falador e, paradoxalmente, tímido. Este um esboço do retrato de Júlio Isidro, apresentador na Televisão e também locutor no Rádio Clube Português.
Um telefonema, o encontro marcado, relativa pontualidade de parte a parte e... surge a conversa que não teve foros de entrevista.
-Então essa actividade na Televisão?
Sorri. Tem uns belos dentes. Condição “sinae qua non” para ser bom locutor.
-Relativamente bem, dento do que me é dado fazer como colaborador eventual da R.T.P. Faço locução e entrevistas para o “Programa Juvenil”, além de, às vezes, a locução do “Passatempo Infantil” e do programa “Clube dos Coleccionadores”.
E logo acrescenta:
-Uma vez que estou a cumprir o Serviço Militar na Divisão de Fotografia e Cinema do Serviço Cartográfico do Exército, tenho também a meu cargo a montagem, locução e apresentação do programa “Serviço da Nação” da Radiotelevisão.
Quisemos também saber alguma coisa sobre a actividade radiofónica de Júlio Isidro, na qual se iniciou há pouco tempo. Ele respondeu:
-Há cerca de sete meses que colaboro em alguns programas de Rádio, como “A Noite é Nossa”, “Clube à Gogô” e “Encontro no Ar”. Estes são os programas em que faço locução assiduamente. No entanto, sou também colaborador da “Grande Roda” e do “Diário Rural”.
Impunha-se a pergunta inevitável:
-E qual das duas actividades merece a sua preferência: a televisiva ou a radiofónica?
-Ambas, como órgãos de informação e, simultaneamente, de recreio, satisfazem o meu ideal de comunicação com o público - responde.
Director de Revista
O enorme sucesso do programa televisivo “Fungagá da Bicharada” e o seu gosto pela execução de banda desenhada, levou-o à criação de uma revista infantil quinzenal com o mesmo nome, no período de 1975 a 1977, na qual, para além de banda desenhada havia espaço para curiosidades, jogos, passatempos e contos.
Jornal 24 Horas
O seu gosto pela escrita levou-o a colaborar regularmente com o Jornal 24 Horas no qual publicou pequenas histórias destinadas ao público infanto/juvenil, tendo estas sido mais tarde compiladas em livro com o título “É Tudo Primos e Primas”.
Os Livros Para Crianças Que Publicou
Histórias do Tio Julião (Dom Quixote – 1989/1990)
Juliana das Farturas (Dom Quixote - 1989/1990)
É Tudo Primos e Primas (Edições ASA - 2004)
Ideias Giras (Edições ASA - 2005)
O Planeta de Cristal (Edições ASA- 2006)
100 Histórias Para Contar e Sonhar (Edições ASA - 2006)
A Nossa Televisão - Desde os Avós, Até Nós! (Edições ASA - 2007)
O Palácio da Animação (Edições ASA - 2008)
Conto Final Parágrafo (2008)
A Nova Arca de Noé (Edições ASA - 2009)
50 Anos! 50 Velas (com Inês do Carmo - Edições ASA- 2010)
Efeméride
Utilizador das redes sociais como modo de acompanhar os ventos de mudança nisto da comunicação global, a quando do arranque das “comemorações” dos seus 55 anos de actividade, Júlio Isidro escreveu a 12 de Janeiro de 2015:
“Comecei a fazer televisão no dia 16 de Janeiro de 1960, como apresentador do programa Juvenil. Fazia frio lá fora e eu, inconsciente, nem gelado estava por dentro. Apresentei o programa onde cantava o Orfeão do Liceu Camões sendo eu um modesto segundo tenor. Foi tudo em directo porque vídeo tape demoraria anos a ser inventado. Não sei que trabalho fiz mas, para a família , sempre apaixonadamente injusta....estive bem.
Levava um blazer azul escuro e sapatos de camurça, dois números acima, empréstimo de um primo meu que, felizmente, podia. Cheguei a casa, e ao entrar no quarto, deparei-me com uma miniatura de Magus, espumante popular na época e um cartão do meu pai, que era mais de escrever do que de falar.
É este que vos mostro porque com 55 anos de carreira já posso partilhar algumas das minhas memórias mais íntimas. Antes que seja tarde e a minha história passe a ser contada por outros. Não sei do primeiro contrato, programa a programa, 200$00 igual a 1 euro, mas tenho aqui a prova escrita com tinta da Parker 51 do meu querido pai .
O próximo dia 16 será o primeiro do resto da minha vida profissional e ainda não sei se vou fazer coincidir o fim de ambas. Isso das árvores morrerem de pé é uma peça de teatro onde eu nunca terei qualidade para estar. Uma garantia: vou continuar a fazer o que sempre fiz, a tentar melhorar e nunca fazer batota com tantos que confiaram em mim milhares de horas de convívio e de entretenimento saudável e creio que inteligente.
A partir de 6ª feira e durante 365 dias vou assinalar, muito mais do que os meus 55 anos de trabalho, mas o mesmo tempo de vida da televisão em Portugal que só é mais velha dois anos e picos.
Eu estava lá e ainda vou estando.
Um abraço a todos.
Descoberta e Lançamento de Novos Artistas
A actividade televisiva e radiofónica com programas em directo na maioria dos casos com a duração de algumas horas, criou a necessidade pela busca de novos valores, os quais ou “morriam na casca”, apesar das apertadas regras que impunha na necessária selecção, ou, pelo contrário, o lançamento ficava feito, rumo a um percurso glorioso como aconteceu com António Variações, Fernando Pereira, Dulce Pontes, os Trovante, Rui Veloso, ou de um pequeno “empurrão” como aconteceu com Ana Bola, Margarida Carpinteiro e dezenas de outros valores de difícil enumeração dada a longa lista resultante.
Júlio Isidro e António Variações
De Ana Bola recorda:
-“Conheci-a no Vavá quando ainda era secretária e tivemos um caso muito simpático. Ela já era mãe do Tiago e eu tinha uma filha, a Inês, éramos ambos divorciados e vivemos juntos durante dois anos. A sua estreia no pequeno ecrã deu-se no meu programa Fungagá da Bicharada”.
Júlio Isidro e Herman José
Ah, já me esquecia!! O grande Herman José consta da referida longa lista, sendo as suas primeiras aparições feitas, precisamente, no programa que a RTP emitia nas tardes de domingo, o saudoso “Passeio dos Alegres”, o qual lhe deu grande visibilidade e a confirmação do seu valor já manifestado noutras paragens.
O Seu a Seu Dono
Para Júlio Isidro a falta de memória é algo que não perdoa, nem a si próprio, pelo que a sua carreira não seria a mesma caso não se tivessem “atravessado” no seu percurso figuras a que está eternamente grato como, por exemplo, Melo Frazão (Produtor da RTP), uma fonte de ensinamentos, Baptista Rosa e a sua arte cinematográfica, Luís Filipe Costa com quem aprendeu no RCP a fazer noticiários, assim como de Jorge Gil que lhe ensinou no programa “Em Órbita” o rigor do trabalho radiofónico.
Depois há duas figuras que lhe abriram portas tanto na Televisão como na Rádio, tendo assinado em seu nome autênticos “cheques em branco”, respectivamente Maria Elisa Domingues na qualidade de Directora de Programas da RTP e João David Nunes (Rádio).
Pelos muitos trabalhos e dedicação a projectos seus passados em conjunto com Piedade Maio, Produtora da RTP, faz questão em enaltecer as qualidades profissionais e humanas de uma figura a quem a RTP muito ficou a dever.
Júlio Isidro, Piedade Maio e Paulo de Carvalho.
Nota do Autor
(A 2ª Parte será publicada a 23 de Março e a 3ª a 30 de Março)
Fontes: Jornal de Notícias, Semanário Sete, Semanário Regional “O Mirante”, Revista Caras, TV Guia, Tal&Qual, Sábado, Visão, Caixa Activa ....e a ajuda de Lucinda Almeida (algumas fotos) e a cumplicidade de Sandra Isidro.