Um Vulcão Em Plena Actividade........Televisiva
Texto: Carlos A Henriques
Primeiro Contacto
Decorria o ano de 1963 e a 22 de Novembro, em Dallas, o Presidente americano John Fitzgerald Kennedy era assassinado. Os ardinas de Lisboa gritavam a pulmões abertos:
“Mataram o Presidente, mataram o Presidente, mataram o Presidente........”
Enquanto as Rádios e Televisões, de todo o Mundo, dedicavam a este acontecimento o máximo que a tecnologia da época permitia fazer, a minha preocupação maior era a do reconhecimento da assinatura num notário junto ao elevador de S. Justa, em Lisboa, numa série de documentos que teriam que ser entregues a curto prazo na Divisão de Pessoal da RTP, na data a funcionar no histórico 95, sediada na Alameda das Linhas de Torres, ao Lumiar, próximo dos heróicos estúdios da RTP na mesma Alameda, no nº 44.
Com a papelada em ordem o acto de admissão para os quadros da RTP carecia apenas da sua entrega formal, o que aconteceu nesse mesmo dia 22 de Novembro, a que se seguiu, no dia 26 a apresentação do jovem contratado para iniciar as suas funções.
O meu primeiro contacto com Vasco Hogan Teves deu-se, assim, no ano de 1963, na redacção do Telejornal nas instalações dos Estúdios do Lumiar, a qual laborava a sua acção na parte superior da cantina e da Filmoteca existentes à época, tendo ficado na memória de um jovem com 13 anos de uma figura alta, elegante, bom aspecto, com uma voz muito característica de firmeza e determinação à mistura com alguma amizade revelada em circunstâncias chave.
O que se passou a partir desse primeiro momento faz parte da própria história da RTP, nalgumas situações, ou seja, a grande maioria, em actos separados, mas noutras em comunhão de ideias, capacidades e obrigações institucionais, cujo único objectivo, de parte a parte, estou certo, foi o engrandecimento da casa que nos viu nascer a ambos para uma actividade suprema de formar, informar e divertir uma população com enormes dificuldades de todo o tipo, sendo a Televisão, especialmente naqueles dias, um dos escapes principais à rotina do dia-a-dia.
Origens e Primeiros Passos
Nascido a 17 de Dezembro de 1931, em Sintra, distrito de Lisboa, filho de Frederico Ricardo Hogan Teves e de Carolina Teves, foi registado com o nome completo de Vasco Luís Soares Hogan Teves.
Aos 10 anos de idade muda-se para Lisboa onde desenvolve toda a sua vida estudantil, profissional e familiar, casando-se, em 1959, com Maria Teresa Larcher Hogan Teves da qual teve uma filha a Helena Hogan Teves e um filho, o Frederico Hogan Teves, tendo, à presente data três netas, a Rita, a Maria e a Carolina.
A Imprensa Escrita
O gosto pela escrita cedo lhe bateu à porta indicando os registos do tempo a sua colaboração, enquanto aluno liceal, nos chamados “jornais de parede” e de “copiógrafo”.
Com apenas 16 anos de idade viu publicado um dos seus primeiros contos num semanário da sua terra, o “Ecos de Sintra” (Janeiro de 1948), contudo, a escrita regular encontrou em dois jornais, ditos “para rapazes”, campo para o seu desenvolvimento, nomeadamente no “Camarada”, considerado nos dias de hoje uma referência quando se fala em “Banda Desenhada” feita por portugueses, tendo sido episodicamente seu Chefe de Redacção e mais tarde no “Guião”, com as mesmas atribuições durante alguns anos (Abril 1953 a Fevereiro de 1957), sendo ambos editados pelos serviços culturais da Mocidade Portuguesa.
Relativamente ao “Camarada”, do qual foram feitas 133 edições ao longo dos seus cinco anos de existência (Dezembro de 1948 a Janeiro de 1951), o mesmo tinha como missão criar um estilo diferente de se fazer jornalismo infantil, sendo a regra base a do recurso à matéria prima nacional através do recrutamento de jovens com elevado espírito inovador, criativo e talentoso.
Na área do desenho há nomes que ficaram para a história da BD como, Vítor Peon (“Sangue Aventureiro” e “Audaz, o Cow-Boy Justiceiro”) e José Garcês (“Rumo ao Oriente”, “A Princesa e o Mágico” e ”O Terrível Espadachim”, entre outros, enquanto que na área da escrita, para além de Vasco Hogan Teves, o jornal contou com António João Bispo, António Manuel Couto Viana, Armando Sereno Simões, Elmano Alves, Fernando Paços, Hermínio da Conceição, José António Ribeiro, José Henrique Pinto dos Santos, Noel de Arriaga e Mascarenhas Barreto.
É ainda na escrita que vê os seus méritos reconhecidos através de prémios estimulantes tanto no campo do conto como no do ensaio.
A Rádio
Na Rádio, onde a sua actividade, enquanto jovem, se fez notar, cobriu não só a área da locução mas também à organização e metodologia de trabalho a empregar através das produções que assumiu à data.
A sua estreia dá-se na “CS2-ZH”, Rádio Juventude, tendo co-produzido um programa de cariz infantil, o “Coisas do Arco da Velha”, cuja locução esteve também a seu cargo.
No liceu Pedro Nunes, em Lisboa, o qual disponha uma estação de Rádio em onda curta, o “CSB 56”, os seus dotes radiofónicos encontraram eco em vários programas por si produzidos e apresentados (1951).
A Rádio Universidade, alfobre de grandes nomes da nossa Rádio como Nuno Fradique, Fernando Frazão, Armando Correia (mais tarde locutores da Emissora Nacional) a que se juntaram João David Nunes, Henrique Garcia e outros, contou, em 1952, com o saber e alguma experiência no meio de Vasco Hogan Teves, nomeadamente na locução e na co-produção do programa “Terras do Nosso Rumo”.
A estas primeiras experiências no terreno, outros projectos se seguiram como, por exemplo, co-produção no programa “O Resto é Silêncio” (1952), no “ar” a partir dos estúdios da Rádio Restauração, no âmbito da cadeia dos Emissores Associados de Lisboa, assim como a locução no programa “Rosa dos Ventos” (1952) da mesma estação emissora.
A RARET (RAdio RETransmission)
No período pós II Guerra Mundial, com a anexação ao bloco soviético dos países do Leste da Europa, os Estados Unidos da América instalaram, em 1951, a “RARET – Rádio Europa Livre”, o maior complexo europeu de emissores de Rádio, em Salvaterra de Magos, mais concretamente na Glória do Ribatejo, sendo os estúdios em Lisboa, junto à antiga Praça do Areeiro (actuar Praça Sá Carneiro), cujo objectivo principal era o de através das ondas radioeléctricas transmitir para esses países o chamado “American Way of Life”, ou seja, estava-se a entrar, definitivamente, no período da chamada “Guerra Fria” a qual durou até à queda do “Muro de Berlin” em 1989.
Dada a sua ligação à Rádio, Vasco Hogan Teves frequentou em 1953, no período de Abril a Maio, um estágio profissional como Rádio-Operador desta Estação, ou seja, passou para o lado dos botões demonstrando, deste modo, a sua versatilidade no mundo da comunicação.
A RTP
Deixando para trás o seu projecto inicial de vida futura, a de vir a ser Arquitecto, graças às “companhias” nos primeiros tempos de vida, começou a alinhavar palavras, a ver como era, papelinho e caneta na mão, descobrindo na prática do dia-a-dia que, de facto, tinha alguma vocação para a actividade jornalística.
Os primeiros trabalhos por si publicados reportam-se a um período inserido na sua adolescência, ou seja, com apenas treze anos de idade, tendo a vocação aparecido ao tom da vida com a observação do mundo e dos amigos à sua volta, ganhando uns “dinheiritos daqui e dacolá”, o que lhe trouxe um grande entusiasmo e vontade de singrar na profissão.
A admissão para os quadros da RTP, na qualidade de Jornalista, dá-se em 1957, tinha então 25 anos de idade, precisamente a 3 de Abril, devendo-se tal facto à influência do Arquitecto e Ilustrador Marcello de Moraes, tendo assumido as suas funções com a categoria de Redactor Praticante (Estagiário) da Secção de Cinema e Noticiários, no período posterior ao arranque das emissões regulares, as quais já se tinham verificado a 7 de Março desse ano, ficando para trás as emissões experimentais do ano anterior na Feira Popular de Lisboa, em Palhavã, sendo então o centro de actividades nas “novas” instalações sediadas na Alameda das Linhas de Torres, 44, ao Lumiar.
Com apenas 5 meses de actividade na empresa é promovido a Redactor de 3ª (1 de Setembro de 1957), a Adjunto do Chefe de Secção como Redactor de 2ª (19 de Março de 1958), Chefe de Secção de Cinema e Noticiários, que o mesmo é dizer, Chefe da Redacção (26 de Janeiro de 1959), a que se seguiu o cargo de Chefe de Serviço da Divisão de Noticiários e Desporto (28 de Novembro de 1969) e em 1971 é designado para Director do Telejornal, lugar que ocupou até Maio de 1974.
Alexandre Gonçalves, Vasco H. Teves e Carlos Tudela nos Açores (1957)
Com as alterações de estrutura introduzidas com o 25 de Abril de 1974, assume, a 16 de Maio desse ano, a Chefe de Divisão das Relações Públicas, passando, sucessivamente, por Sub-Director (5 de Julho de 1979), Director de Serviços de Relações Exteriores (1 de Agosto de 1982) e Consultor da empresa (1 de Janeiro de 1990).
Entretanto chega a vez da pré-reforma a 1 Fevereiro de 1995 e a reforma a 8 de Janeiro de 1997, as quais tomaram conta da sua longa actividade televisiva, fazendo, contudo, uma “perninha” aqui e ali, com especial destaque para o lançamento de dois livros sobre a história da RTP, respectivamente em 1998 (“História da Televisão Em Portugal-1955/1979”) e em 2007 (“RTP 50 Anos de História”), assim como a Presidência da Associação de Reformados e Pensionistas da RTP.
São suas as palavras abaixo transcritas por ocasião das comemorações dos “Cinquenta Anos RTP”:
“Vejo-a (à RTP) - como sempre a verei - parte intrínseca da minha própria vida. Crescemos e viajámos juntos e ficámos a dever-nos, um ao outro, uma infinidade de coisas boas e más. A RTP é uma imagem que vale as mil palavras dos compêndios, a aventura de constantemente existir e se prolongar. É um mundo grande demais para ser contido numa mão fechada. É a minha família."
A Actividade Como Jornalista
A lista dos trabalhos em que esteve envolvido é de uma extensão tal que não nos atrevemos a apresentar, dando, contudo, destaque àquelas que achamos marcantes de quem dedicou a sua vida profissional à Empresa Pública de Televisão em Portugal, ou seja, à RTP.
O Vulcão dos Capelinhos
A 13 de Outubro de 1957 Vasco Hogan Teves parte de Lisboa rumo à Ilha do Faial (Açores), com o seu camarada de trabalho Carlos Tudela (Operador de Imagem), a que se juntou mais tarde Alexandre Gonçalves (Operador de Som), com o objectivo de levar a efeito uma das primeiras Grandes Reportagens na história da Televisão Portuguesa na era das emissões regulares, ou seja, a cobertura integral da actividade do vulcão dos Capelinhos.
Foi um trabalho muito duro dadas as condições então existentes localmente e o tipo de reportagem em jogo, cujo relato feito por Vasco Hogan Teves nos dá uma pequena ideia das adversidades encontradas:
“Foram os primeiros repórteres da RTP a jogarem a vida ao serviço da sua profissão, Carlos Tudela mais do que qualquer um, na medida em que, com a sua câmara de filmar, uma Arriflex de 16mm, desembarcou na ilha recém-nascida, formada por escórias vulcânicas, tendo impressionado poucas mas suficientes imagens que valeram toda uma reportagem”.
Tendo concluído:
“Foi daquelas reportagens que deixam marcas para a vida. Rodaram-se alguns milhares de metros de filme durante os dias e as noites passados à beira dos Capelinhos. Entrevistaram-se pessoas e gravou-se muito som.
Fez-se o que foi possível fazer e pena que tanto a câmara do Carlos Tudela, como a que, no dia do desembarque na ilha (13 de Outubro), estava por mim a ser utilizada (que sobre as falésias fronteiras ao vulcão procurei filmar o desembarque) tenham ficado fora de acção, massacradas pela chuva que caía em cortinas diluvianas de lama negra e viscosa”.
Gago Coutinho
Entrevista ao Almirante Gago Coutinho
Em Fevereiro de 1958, um ano antes da morte do Almirante Gago Coutinho, Vasco Hogan Teves fez, possivelmente, em sua casa, a última entrevista ao homem que não gostava de dar entrevistas, que com Sacadura Cabral protagonizou, em 1922, uma das maiores proezas da aviação, ou seja, a travessia aérea do Atlântico Sul a bordo de um hidroavião, o Lusitânia.
Volta a Portugal em Bicicleta
A reportagem para Televisão da 21ª Volta a Portugal em Bicicleta, organizada em 1958 em colaboração com o “Diário Ilustrado”, foi da sua responsabilidade, contando para o efeito com os Operadores de Câmara José Manuel Tudela e Artur Moura, os quais com as suas máquinas de filmar em suporte película de 16mm, fizeram os possíveis e impossíveis para uma cobertura digna da prova que estava a ser disputada. Como nota adicional o vencedor desta edição da Volta foi o consagrado Alves Barbosa o qual integrava, então, a equipa do Sangalhos.
Vila Cabral - Moçambique - Agosto 1964
Reportagens nas Províncias Ultramarinas e Outros Territórios
A actividade em África implicava a deslocação constante de equipas de reportagem por parte da RTP para ilustração dos seus Jornais televisivos, nomeadamente o Telejornal, cujo nome foi adoptado pela empresa em 1959.
Para Vasco Hogan Teves o destaque vai para a “Implantação de Bases Para a Força Aérea em Angola, Guiné e S. Tomé” (Abril/Maio 1959 e Maio/Julho de 1962) a que se juntou mais tarde Moçambique, “Inauguração das Carreiras Fluviais no Cubango” (Angola), nas chamadas “Terras do Fim do Mundo” (Abril/Maio de 1960).
Hotel de campanha (Angola-Abril 1960)
Há, ainda, a considerar as visitas do Presidente da República a Angola e S. Tomé e Príncipe (Setembro/Outubro 1963) e a Moçambique, Angola e S. Tomé e Príncipe (Julho/Agosto 1964), à Guiné e Cabo Verde (Janeiro/Fevereiro 1968), assim como a Espanha (Novembro-1961) e ao Brasil (Abril/Maio-1972) na qual foi feita a 1ª transmissão inter-continental via-satélite realizada pela própria RTP, do Rio de Janeiro para Lisboa.
Agadir - 1960
O Terramoto de Agadir
Agadir, cidade a sul de Marrocos, fundada em 1500 pelos portugueses, então com o nome de Santa Cruz do Cabo de Gué, sofreu um terrível terramoto em 1731, havendo nova manifestação da Natureza em 1960 (29 de Fevereiro), só que agora com consequências mais devastadoras.
A RTP destacou, de imediato, para o local da catástrofe uma equipa constituída pelo Jornalista Vasco Hogan Teves e o Operador de Câmara Augusto Cabrita, aos quais se juntou, mais tarde, o repórter Artur Agostinho, este ao serviço da Emissora Nacional, acompanhando estes as réplicas que se seguiram ao impacto inicial e à destruição quase total desta bela cidade à beira do Atlântico plantada.
Encontros Franco/Salazar
Decorreram em Mérida (Espanha) dois encontros entre Francisco Franco e Salazar, respectivamente a 21 de Junho de 1960 e a 15 de Maio de 1963, nos quais foram debatidos, à porta fechada, temas de interesse comum.
Naquele tempo o acesso ao local onde as altas individualidades se reuniam não era tão fácil como nos dias de hoje, tendo a equipa destacada pela RTP para a cobertura dos encontros entre os estadistas ibéricos conseguido uma “cacha” graças à autorização de só ela poder aceder à sala para efectuar a respectiva filmagem sem que houvesse interrupção da conferência entre as duas personalidades.
Segundo Vasco Hogan Teves: “Isto valeu que até a TVE teve que solicitar à RTP a cedência de parte desse material. Alguns dos jornais portugueses publicaram fotografias feitas a partir de fotogramas de 16mm”.
Tomada do paquete “Santa Maria”
O ano de 1961 foi terrível para o regime implantado pelo Prof. Oliveira Salazar, pois a oposição, cada vez mais marcante, começou a adoptar métodos de persuasão popular e internacional nunca antes tentados, desde o desvio de um barco, o Santa Maria, assim como de um avião, ambos protagonizados por Henrique Galvão. Como se tal não bastasse, rebenta no norte de Angola o processo de libertação daquele espaço que à data era parte integrante do Império português em África.
A 21 de Janeiro dá-se, em La Guaira, em Curaçao (mar das Caraíbas) o “assalto ao paquete Santa Maria”, conhecido como “Operação Dulcineia”, no qual viajavam mais de mil passageiros e uma tripulação de cerca de 350 tripulantes.
Foi uma acção luso/espanhola de oposição aos regimes de Salazar e Franco, levada a cabo por um comando de doze portugueses e onze espanhóis do chamado Directório Revolucionário Ibérico de Libertação (DRIL).
A ideia inicial de Henrique Galvão era atravessar o Atlântico e chegar à ilha espanhola de Fernando Pó e aí apoderar-se de um navio de guerra e respectivo armamento para, em Angola, aliar-se a um movimento de insurrectos que nada tinha a ver com os exércitos de libertação, e proclamar um governo de cariz revolucionário de Portugal.
Face a múltiplos problemas entretanto surgidos, esta acção de assalto abortou tendo o paquete Santa Maria aportado no Brasil (Recife) para onde uma equipa de reportagem da RTP se dirigiu, em Fevereiro de 1961, concretamente o Chefe de Redacção Vasco Hogan Teves e o Realizador/Operador de Câmara Hélder Mendes, os quais encheram durante vários dias os ecrãs dos televisores em Portugal com imagens obtidas localmente.
Mensagem de Salazar sobre a Guerra em Angola
O arranque da guerra no chamado “Ultramar Português”, que se verificou no norte de Angola em 1961, levou o Presidente do Conselho de Ministros de então, o Prof. Oliveira Salazar, a convocar a RTP e a Emissora Nacional ao Palácio de S. Bento, sua residência oficial, para a gravação e posterior transmissão de uma mensagem sobre o que estava a acontecer naquele território africano e as medidas que Portugal deveria adoptar face ao conflito gerado (13 de Abril de 1961).
A coordenação da equipa, da qual faziam parte o Operador de Câmara Serras Fernandes e o Operador de Som Alexandre Gonçalves, esteve a cargo de Vasco Hogan Teves, tendo esta mensagem, após emissão às 21H00, passado a fazer parte da História de Portugal, não só pelo reconhecimento que o regime passou a fazer às chamadas “lutas de libertação”, mas, também, pela frase então proferida por Salazar:
“.........para Angola rapidamente e em força.......”