A edição 2011 da principal convenção mundial sobre Cinema, Televisão, Rádio e demais meios de comunicação já arrancou, ou seja, de 9 a 14 de Abril, sendo os dois primeiros dias dedicados, exclusivamente aos mais variados tipos de “Workshops”, Conferências e “Summits” como, p.ex., Cinema Digital, HD e 3D, assim como “Master Classes”, sendo os seguintes a continuação das mais variadas palestras e a uma soberba exposição de equipamento.
O “Key note” deste ano foi uma vez mais da responsabilidade do Presidente da SMPTE, coorganizadora deste evento, Pete Ludé, sendo secundado pela Directora Executiva da SMPTE, Barbara Lange, sendo o lema, “As novas lições dadas pelo 3D”.
Seguiu-se um “Study Case”, concretamente o respeitante ao filme “Yogi Bear”, baseado na complexidade de interacção entre imagens reais e imagens computorizadas, CGI, na execução deste filme, pelo que contou com a presença do seu Realizador, Eric Brevig, da Supervisora dos Efeitos Especiais, Ritmo e Colorização, Betsy Paterson, e, ainda, com o responsável pela Produção Digital, John Nicolara.
Foram “desvendados” alguns segredos que conferem a este divertido filme aquele toque de magia e capacidade de passarem para a audiência o espírito do divertimento total, tanto para os mais jovens como para os que já o não são.
Basta dizer que o filme se apresenta nas duas versões, ou seja, em 2D e 3D, sendo esta última a escolha mais acertada, pois o filme foi concebido de raiz para ser rodado e apresentado com a característica estereoscópica e não em imagem plana, daí o resultado ser tão surpreendente quando visionado em 3D.O segundo tema teve a ver com a experiência da Sky, pois desde o dia 1 de Outubro de 2010, mantém um canal de Televisão 100% 3D, a emitir através de satélite, 15 horas diárias, tendo sido o Chefe de Engenharia, Chris Johns, o responsável pela brilhante comunicação apresentada.
Este canal da Sky baseia a sua programação emitindo filmes, desporto, dramáticos, entretenimento e artes, contando já com 70.000 activações e 140.000 ecrãs, sendo grátiz a sua recepção.
Segundo o Conferencista, produzir 3D é fácil, contudo, exigem-se conhecimentos seguros sobre a matéria, sendo de igual modo, muito, mas mesmo muito fácil criar mau 3D, contribuindo este para o descrédito, impedindo, deste modo, a evolução que o 3D carece.
A Sky para concretizar os objectivos traçados teve que elaborar as chamadas linhas mestras (“guidelines”) a que todos são obrigados a respeitar como, p.ex., a harmonização, conforto de visionamento, compreensão dos necessários requisitos e o mantimento da qualidade.
Há, ainda, a considerar o controlo da profundidade, assim como as bases para que qualquer pessoa passe a filmar em 3D.
O uso do rig é função do tipo de trabalho que se pretende realizar, pois actualmente as opções são várias, desde os de alta “performance” aos rig básicos.
A escolha da câmara ou melhor, das câmaras, há que se ter muito cuidado, poios aqui é ainda mais fácil alugar ou comprar o equipamento menos adequado para a função que foi escolhido.
Resumindo, só lhe resta:
Muita prática, muita prática e se ainda acha que não chega, terá que se fazer mais prática.
A Conferência seguinte foi da responsabilidade de um “velho” praticante de 3D, com cerca de 30 anos de trabalho na matéria, ou seja, o CEO da empresa PFL, Phil Streather, tendo desenvolvido um excelente trabalho em África, onde se deslocou para rodar um documentário brilhante, do qual vimos excertos convidativos ao seu visionamento.
São dele estas palavras:
- O 3D, contrariamente ao que andam para aí a afirmar, não é uma janela para o Mundo, pois as janelas têm vidros e estes são uma má interferência entre o que se pretende ver e o que se vê, pelo que preconiza que esta se deva manter aberta”.
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