VARIAÇÕES - COM DOLBY ATMOS É MAIS INTERACTIVO
2019-08-23
Texto: Carlos A Henriques
A tão esperada estreia do filme Variações, um drama biográfico do Realizador João Maia sobre o cantor António Variações, deu-se no passado dia 22 de Agosto. António Joaquim Rodrigues Ribeiro nasceu a 3 de Dezembro de 1944, numa pequena aldeia do concelho de Amares, distrito de Braga, tendo sido um dos 12 filhos de um casal de camponeses. Com apenas 12 anos partiu para Lisboa, onde trabalhou como aprendiz de balconista e caixeiro. Mais tarde cumpriu o serviço militar em Angola e, em 1975, viajou por Londres e Amesterdão, onde se descobriu e aprendeu a profissão de barbeiro. Regressa a Lisboa em 1977, onde durante o dia trabalha como cabeleireiro e à noite estuda e dedica-se à música. Em 1981, participa no popular programa "O Passeio dos Alegres", de Júlio Isidro. A sua sonoridade diferente e o seu estilo inigualável fazem-se notar.
Em 1982, edita o primeiro single, com os temas "Povo Que Lavas no Rio" e "Estou Além". No ano seguinte, grava o LP "Anjo da Guarda", com dez faixas da sua autoria, onde se destacam os êxitos "É P‘ra Amanhã" e "O Corpo É Que Paga". Um ano depois lança o seu segundo e último álbum, "Dar & Receber" com, entre outras, a sua inesquecível "Canção de Engate".
Variações morreu em Lisboa, a 13 de Junho de 1984, devido a uma broncopneumonia. Tinha apenas 39 anos.
Tratando-se de um filme onde a música marca imensa presença, o Realizador e a empresa de produção David & Golias apostaram na apresentação de um som com características especiais, o Dolby Atmos, o qual está a revolucionar a arte de se fazer Cinema.
O Dolby Atmos recorre a 128 objectos de áudio independentes e em simultâneo, os quais a partir de metadados descritivos que se inserem no filme a visionar, permitem ao Realizador conceber a sua obra cinematográfica sem restrições de qualquer espécie, tanto em termos visuais como auditivos, sendo 100% compatível com os sistemas sonoros existentes nas “velhas” salas, assim como nas casa de cada um, não se desfrutando nestas últimas opções, como é óbvio, a mais valia do sistema.
O Dolby Atmos, introduzido em Abril 2012, já equipa em todo o mundo um número razoável de salas pelo que se terá que entrar em consideração com o facto de determinados sons não estarem mais dependentes de dois, cinco ou sete canais, ou seja, versão estereofónica (left/right), 5.1 ou 7.1, ou as versões melhoradas 5.1.2/5.1.4 e 7.1.2/7.1.4, dado que com esta tecnologia consegue-se como que uma reprodução individualizada de sons particulares uma vez o sistema ser baseado em objectos de áudio e não em canais, ou seja, o som do motor de um carro, do zurrar de um burro ou o bater de asas de uma libelinha pode ser colocado onde se deseje, de acordo com o envolvimento do espaço onde se reproduz.
Filme a não perder, contudo só algumas salas de Cinema estão equipadas com o Dolby Atmos, a saber:
Cinemas NOS
Vasco da Gama(Lisboa);
Oeiras Shopping(Oeiras);
Fórum Almada(Almada);
Évora Plaza(Évora);
Mar Shopping(Almancil);
Parque Nascente(Gondomar);
Braga Parque(Braga);
CINEPLACE Nova Arcada(Braga)
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