As tecnologias televisivas, no virar da década, estão aí, ou seja, a televisão digital (DTV) e como consequência ou servindo-se dela, a chamada televisão de alta definição (HDTV), lá para 2010 vamos ter a televisão 3D sem recurso a óculos especiais, prevendo-se para 2015/20, possivelmente numa primeira fase só no Japão, a UHDTV (Ultra High Definition TeleVision) rebaptizada por ocorrência da última IBC, edição 2008, de SHV (Super High Vision), a qual recorre a cerca de 33 milhões de pixeis por imagem (16 vezes a qualidade HDTV) e um sistema sonoro apelidado de 22.2, o que significa vinte e dois canais de áudio a que se juntam dois “subwooffers”. Como se tal não bastasse, eis que somos surpreendidos na noite do dia 4 de Novembro, no rescaldo das eleições nos EUA, com uma experiência única no mundo das comunicações à distância, levada a cabo pela CNN. Enquanto o “pivot” da estação, Wolf Blitzer, desenvolvia a sua acção num estúdio em New York, a imagem da porta-voz da campanha de Obama, que se encontrava em Chicago, era projectada no mesmo estúdio onde estava a ser feita a coordenação do programa, ou seja, para as câmaras que estavam a captar Wolf Blitzer em estúdio havia, de facto, dois intervenientes tridimensionais, sendo um real e outro apenas um holograma. De acordo com o vice-presidente da CNN, David Bohrman, o canal atingiu um ponto que nenhuma outra estação concorrente conseguia alcançar, pois apesar de a acção decorrer entre Chicago e New York o estilo de efeitos especiais visuais empregue foi em tudo igual ao que de mais avançado se fez ou faz em Hollywood, como aconteceu com o filme “Star Wars”, tendo concluído que: “Quando se colocam elementos virtuais num cenário real o resultado é deveras mais gratificante do que o obtido quando se coloca um elemento real, por exemplo, um Jornalista, num cenário virtual” Mas, como é que a “máquina” funciona? De acordo com Bohrman, o processo é deveras complicado, estando ainda numa fase de pequenos reajustamentos finais, mas já com resultados que deixam a CNN e todos os técnicos envolvidos no desenvolvimento do projecto orgulhosos, pois para além de todo o processo tecnológico envolvido, o que aconteceu, de facto, foi a captação de uma pessoa num espaço onde ela não se encontra. Assim, para pôr em prática o “truque” das imagens holográficas recorreu-se a 44 câmaras e a 20 computadores em cada um dos estúdios usados para a experiência, de modo a captar-se, em simultâneo, uma imagem composta pela componente real e pela holográfica, com um envolvimento de 3600. O sistema permite, ainda, apresentar mais do que um holograma em simultâneo no estúdio, podendo, inclusive o diálogo entre os elementos em holograma. |
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